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quinta-feira, 7 de junho de 2012






Fogo mental


Fogo íntimo!... As consciências insensibilizadas no crime só
lhe sentem as chamas quando as entranhas do espírito se lhe
contorcem ao peso; todavia, basta ligeira falta cometida para que
as almas retas lhe sofram as labaredas...
Figura-se látego mortífero, em agitação permanente,
conquanto retido no coração, imobilizando o pensamento no
desespero.
Agrava-nos a inferioridade, devora-nos o tempo, dilapida-nos
a esperança, consome-nos as forças.
É como se, depois de atacar alguém, viéssemos a tombar no
recesso de nós mesmos, confundidos pelas pancadas que
desferimos nos outros...
O remorso é esse fogo mental, diluindo a existência em
suplício invisível.
Foge, assim, de ofender, pois, embora o perdão se erija qual
remédio eficaz, na Misericórdia Divina, para as doenças que
levianamente criamos, é da própria Lei que, aos ferirmos
alguém, caiamos, por nossa vez, inevitavelmente entregues aos
resultados de nossos golpes, a fim de que sejamos também
feridos.

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