Total de visualizações de página

quinta-feira, 7 de junho de 2012




Pai


É natural que consideres teu problema qual espinho terrível.
É justo reconheças tua prova por agonia do coração.
Ergues súplice olhar, no silêncio da prece, e relacionas
mecanicamente aqueles que te feriram.
É como se conversasses intimamente com Deus,
apresentando-lhe vasto balanço de amarguras e queixas...
E o supremo Senhor cuidará realmente de ti, alentando-te o
passo... Entretanto, é preciso não esquecer que ele cuidará
igualmente dos outros.
*
Lança mais profundo olhar naqueles que te ofenderam,
conforme acreditas, e compara as tuas vantagens com as deles.
Quase sempre, embora se entremostrem adornados de ouro e
renome, nas galerias da evidência e da autoridade, são almas
credoras de compaixão e de auxílio... Traíram-te a confiança,
contudo, tombaram nas malhas de pavorosos enganos;
humilharam-te impunemente, mas adquiriram remorsos para
imenso trecho da vida; dilaceraram-te os ideais, entretanto,
caíram no descrédito de si próprios, abandonaram-te com
inexprimível ingratidão, todavia, desceram à animalidade e à
loucura...
Não é possível que Luz do Universo apenas te ampare,
desprezando aqueles que se encontram à margem de sofrimento
maior.
*
Unge-te, assim, de paciência e compreensão para ajudar na
Obra Divina, ajudando a ti mesmo.
Em qualquer apreciação, ao redor de alguém, recorda que o
teu Criador é também o Criador dos que estão sendo julgados.
É por isso que Jesus, em nos ensinando a orar, revelou Deus
como sendo o amor de todo amor, afirmando, simples: “Pai
nosso, que estás nos céus...”

Nenhum comentário:

Postar um comentário