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sábado, 9 de junho de 2012

Mediunidade e dever

Mediunidade e dever

No campo da mediunidade, não olvides que o dever retamente cumprido é
a bússola que te propiciará rumo certo.
Deslumbrar-te-ás na contemplação de painéis assombrosos na esfera
extrafísica, mas, se não enxergas o quadro das próprias obrigações a fim de
atendê-las honestamente, a breve espaço sofrerás a espionagem das inteligências
que pervagam nas trevas, a converterem-te as horas em pasto de
vampirismo.
Escutarás sublimes revelações, inacessíveis ao sensório comum; todavia,
se não estiveres atento para com as ordenações da consciência laboriosa e
tranqüila, em pouco tempo serás ouvido pelos agentes da sombra a enredarem-
te os passos no fojo de perturbações aviltantes.
Assimilarás o influxo mental de Espíritos nobres, domiciliados além da
Terra, e transmitir-lhes-ás a palavra construtiva em discursos admiráveis;
contudo, se não demonstras reta conduta à frente dos outros, no exemplo vivo
do trabalho e do entendimento, sem demora te encontrarás envolvido nas
vibrações de criaturas retardadas e delinqüentes, a chumbarem-te os pés na
fossa da obsessão.
Psicografarás páginas brilhantes, nas quais a ciência e a fé se estampam,
divinas; no entanto, se teus braços desertam do serviço santificante,
transformar-te-ás facilmente no escriba da vaidade e da insensatez.
Fornecerás importantes notícias do mundo espiritual, utilizando recursos
ainda ignorados pela percepção dos teus ouvintes; entretanto, se foges do
estudo que te faculta discernimento, serás para logo detido no nevoeiro da
ignorância.
Se a mediunidade evidente é tarefa que te assinala o roteiro, não te afastes
dos compromissos que a vida te impõe.
Sobretudo, lembra-te sempre de que o talento mediúnico, encerrado nas
tuas mãos, deve ser a tela digna em que os mensageiros da Espiritualidade
Maior possam criar as obras-primas da caridade e da educação, porqüanto, de
outro modo, se buscas comprazimento na indisciplina, do pano roto de tuas
energias descontroladas surgirá simplesmente a caricatura das bênçãos que te
propunhas veicular, debuxada pelos artistas do escárnio, que se valem da
fantasia, a detrimento da luz.

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