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quinta-feira, 7 de junho de 2012




Nas leis do amor


Se alguém te fala em descanso inútil depois da morte, pensa
nos que sofrem por amor, na experiência terrestre.
*
Indaga das mães devotadas se teriam coragem de relegar os
filhos delinqüentes à solidão da masmorra...
Preferem chorar na pocilga, trabalhando por eles, a morarem
no paraíso com o peito rebentando de lágrimas.
*
Pergunta aos pais afetuosos se pediriam a forca para os
rebentos do próprio sangue, comprometidos em débitos
insolúveis...
Escolhem a condição dos grilhetas, de modo a vê-los
recuperados, renunciando aos prêmios que a sociedade lhes
destine à honradez.
*
Inquire da esposa abnegada se deixaria o companheiro
enredado à loucura, pra brilhar num desfile de santidade...
Disputará as vigílias no manicômio para servi-lo, fugindo aos
louros da praça pública.
*
Interroga do amigo verdadeiro se deixará o amigo confiante
em dificuldade...
Aceitará partilhar-lhe as provações, recusando os privilégios
com que o mundo lhe acene.
*
Isso acontece na Terra, onde o amor ainda se mistura ao
egoísmo, qual o ouro perdido na ganga do solo.
Para além das cinzas do túmulo, há paz de consciência e
alegria profunda no dever nobremente cumprido, mas, se te
afeiçoas à bondade e à renúncia, poderás quanto quiseres
continuar auxiliando os entes amados, que aprendeste a venerar e
querer, ou prosseguir exaltando os ideais e as tarefas edificantes
que abraças.
À medida que penetramos os segredos do amor puro, vamos
reconhecendo que ninguém pode ser realmente feliz sem fazer a
felicidade alheia no caminho em que avança.
O próprio Criador determinou que a noite se cobrisse de
estrelas e que o espinheiral se levantasse recamado de rosas.
Trabalharemos e sofreremos, assim, por amor, pelos séculos
adiante, ajudando-nos uns aos outros a erguer a felicidade de
nosso nível, até que possamos entrar, todos juntos, na suprema
felicidade que consiste em nossa união com Deus para sempre !

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