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sábado, 9 de junho de 2012

O caminho da paz


O caminho da paz

Dos grandes flagelos do mundo antigo, salientavam-se dez que
rebaixavam a vida humana:
A barbárie, que perpetuava os desregramentos do instinto.
A fome, que atormentava o grupo tribal.
A peste, que dizimava populações.
O primitivismo, que irmanava o engenho do homem e a habilidade do
castor.
A ignorância, que alentava as trevas do espírito.
O insulamento, que favorecia as ilusões do feudalismo.
A ociosidade, que categorizava o trabalho à conta de humilhação e
penitência.
O cativeiro, que vendia homens livres nos mercados da escravidão.
A imundície, que relegava a residência terrestre ao nível dos brutos.
A guerra, que suprime a paz e justifica a crueldade e o crime entre as
criaturas.
*
Veio a política e, instituindo vários sistemas de governo, anulou a barbárie.
Apareceu o comércio e, multiplicando as vias de transporte, dissipou a
fome.
Surgiu a ciência, e exterminou a peste.
Eclodiu a indústria, e desfez o primitivismo.
Brilhou a imprensa, e proscreveu-se a ignorância.
Criaram-se o telégrafo sem fio e a navegação aérea, e acabou-se o
insulamento.
Progrediram os princípios morais, e o trabalho fulgiu como estrela na
dignidade humana, desacreditando a ociosidade.
Cresceu a educação espiritual, e aboliu-se o cativeiro.
Agigantou-se a higiene, e removeu-se a imundície.
Mas nem a política, nem o comércio, nem a ciência, nem a indústria, nem a
imprensa, nem a aproximação entre os povos, nem a exaltação do trabalho,
nem a evolução do direito individual e nem a higiene conseguem resolver o
problema da paz, porqüanto a guerra — monstro de mil faces que começa no
egoísmo de cada um, que se corporifica na discórdia do lar, e se prolonga na
intolerância da fé, na vaidade da inteligência e no orgulho das raças,
alimentando-se de sangue e lágrimas, violência e desespero, ódio e rapina, tão
cruel entre as nações supercivilizadas do século 20, quanto já o era na corte
obscurantista de Ramsés 2º — somente desaparecerá quando o Evangelho de
Jesus iluminar o coração humano, fazendo que os habitantes da Terra se
amem como irmãos.
É por isso que a Doutrina Espírita no-lo revela, atualmente, sob a luz da
Verdade, fiel ao próprio Cristo que nos advertiu, convincente: — «Conhecereis
a Verdade e a Verdade vos fará livres.»

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