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sábado, 9 de junho de 2012
Suicídio
Suicídio
No suicídio intencional, sem as atenuantes da moléstia ou da ignorância,
há que considerar não somente o problema da infração ante as Leis Divinas,
mas também o ato de violência que a criatura comete contra si mesma, através
da premeditação mais profunda, com remorso mais amplo.
Atormentada de dor, a consciência desperta no nível de sombra a que se
precipitou, suportando compulsoriamente as companhias que elegeu para si
própria, pelo tempo indispensável à justa renovação.
Contudo, os resultados não se circunscrevem aos fenômenos de
sofrimento intimo, porque surgem os desequilíbrios conseqüentes nas sinergias
do corpo espiritual, com impositivos de reajuste em existências próximas.
É assim que após determinado tempo de reeducação, nos círculos de trabalho
fronteiriços da Terra, os suicidas são habitualmente reinternados no plano
carnal, em regime de hospitalização na cela física, que lhes reflete as penas e
angústias na forma de enfermidades e inibições.
Ser-nos-á fácil, desse modo, identificá-los, no berço em que repontam,
entremostrando a expiação a que se acolhem.
Os que se envenenaram, conforme os tóxicos de que se valeram,
renascem trazendo as afecções valvulares, os achaques do aparelho digestivo,
as doenças do sangue e as disfunções endocrínicas, tanto quanto outros males
de etiologia obscura; os que incendiaram a própria carne amargam as agruras
da ictiose ou do pênfigo; os que se asfixiaram, seja no leito das águas ou nas
correntes de gás, exibem os processos mórbidos das vias respiratórias, como
no caso do enfisema ou dos cistos pulmonares; os que se enforcaram carreiam
consigo os dolorosos distúrbios do sistema nervoso, como sejam as neoplasias
diversas e a paralisia cerebral infantil; os que estilhaçaram o crânio ou deitaram
a própria cabeça sob rodas destruidoras, experimentam desarmonias da
mesma espécie, notadamente as que se relacionam com o cretinismo, e os que
se atiraram de grande altura reaparecem portando os padecimentos da distrofia
muscular progressiva ou da osteíte difusa.
Segundo o tipo de suicídio, direto ou indireto, surgem as distonias
orgânicas derivadas, que correspondem a diversas calamidades congênitas,
inclusive a mutilação
e o câncer, a surdez e a mudez, a cegueira e a loucura,
a representarem terapêutica providencial na cura da
alma.
Junto de semelhantes quadros de provação regenerativa, funciona a
ciência médica por missionária da redenção, conseguindo ajudar e melhorar os
enfermos de conformidade com os créditos morais que atingiram ou segundo o
merecimento de que disponham.
Guarda, pois, a existência como dom inefável, porque teu corpo é sempre
instrumento divino, para que nele aprendas a crescer para a luz e a viver para
o amor, ante a glória de Deus.
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