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sábado, 9 de junho de 2012

Beneficência esquecida

Beneficência esquecida

Na solução aos problemas da caridade, não olvides a beneficência do
campo mais íntimo, que tanta vez relegamos à indiferença.
Prega a fraternidade, aproveitando a tribuna que te componha os gestos e
discipline a voz; no entanto, recebe na propriedade ou no lar, por verdadeiros
irmãos, os companheiros de luta, assalariados a teu serviço.
Esclarece os Espíritos conturbados e sofredores nos círculos consagrados
ao socorro daqueles que caíram em desajuste mental; contudo, acolhe com
redobrado carinho os parentes desorientados que a provação desequilibra ou
ensandece.
Auxilia a erguer abrigos de ternura para as crianças abandonadas; todavia,
abraça em casa os filhinhos que Deus te deu, conduzindo-lhes a mente infantil,
através do próprio exemplo, ao santuário do dever e do trabalho, do amor e da
educação.
Espalha a doutrina de paz que te abençoa a senda, divulgando-a, por
intermédio do conceito brilhante que te reponta da pena, mas não olvides
exercê-la em ti próprio, ainda mesmo à custa de aflição e de sacrifício. para
que o teu passo, entre as quatro paredes do instituto doméstico, seja um marco
de luz para os que te acompanham.
Cede aos necessitados daquilo que reténs no curso das horas...
Dá, porém, de ti mesmo aos semelhantes, em bondade e serviço,
reconforto e perdão, cada vez que alguém se revele faminto de proteção e
desculpa, entendimento e carinho.
Beneficência! Beneficência!
Não lhe manches a taça com o veneno da exibição, nem lhe tisnes a fonte
com o lodo da vaidade!
Recebe-lhe as sugestões de amor no mio do coração e, buscando-a
primeiramente nos escaninhos da. própria alma, sentiremos nós todos a
intraduzível felicidade que se derrama da felicidade que venhamos a propiciar
aos outros, conquistando, por fim, a alegria sublime que foge ao alarde dos
homens para dilatar-se no silêncio de Deus.

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