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quinta-feira, 7 de junho de 2012




De ânimo firme


É possível estejas descobrindo o que não esperavas.
Construções, que supunhas de ouro, acabaram em resíduos de
pedra.
Promessas, acalantadas por muitos anos, parecem-te agora
rematadas mentiras.
Afetos, julgados invulneráveis, abandonaram-te o passo,
quando mais necessitavas de apoio.
Surpreendeste a incompreensão nos companheiros mais
nobres e colheste amargos problemas nos próprios filhos que
viste crescer, ao calor de teu corpo.
Ruíram aspirações, lembrando preciosos vasos quebrados.
Sonhos desfizeram-se, de improviso, como se ventania
arrasadora te devastasse a existência.
Apesar de tudo, porém, renova-te a cada instante e caminha
incessantemente, arrimando-te à fé viva.
Na Terra ou além da Terra, a soma das lutas que carregamos
reúne as parcelas dos compromissos assumidos, junto à bolsa do
tempo.
Aflição de hoje, dívida de ontem.
Merecimento de agora, crédito de amanhã.
Banha as mais íntimas energias nas torrentes do amor puro
que compreende e edifica sempre; veste o arnês do trabalho que
aprimora e sublima, e sigamos em frente, honrando a nossa
condição de almas eternas.
Nada tendo e tudo possuindo...
Sozinhos e com todos...
Chorando jubilosos e suando contentes...
Atormentados e tranqüilos...
Desfalecentes e refeitos...
Dilacerados e felizes...
Batidos e levantados...
Morrendo cada dia para reviver no dia seguinte, em plano
superior...
E, atingindo os marcos do túmulo, de partida para a Luz
Espiritual, se viveste amando e perdoando, purificando e
servindo, encontrarás em ti mesmo a flama da alegria,
ressurgindo do sofrimento, como a glória solar renascendo das
trevas.

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