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sábado, 9 de junho de 2012

Esquecimento e reencarnação


Esquecimento e reencarnação

Examinando o esquecimento temporário do pretérito, no campo físico,
importa considerar cada existência por estágio de serviço em que a alma
readquire, no mundo, o aprendizado que lhe compete.
Surgindo semelhante período, entre o berço que lhe configura o início e o
túmulo que lhe demarca a cessação, é justo aceitar-lhe o caráter acidental, não
obstante se lhe reconheça a vinculação à vida eterna.
É forçoso, então, ponderar o impositivo de recurso e aproveitamento, tanto
quanto, nas aplicações da força elétrica, é preciso atender ao problema de
carga e condução.
Encetando uma nova existência corpõrea, para determinado efeito, a criatura
recebe, desse modo, implementos cerebrais completamente novos, no domínio
das energias físicas, e, para que se lhe adormeça a memória, funciona a
hipnose natural como recurso básico, de vez que, em muitas ocasiões, dorme
em pesada letargia, muito tempo antes de acolher-se ao abrigo materno. Na
melhor das hipóteses, quando desfruta grande atividade mental nas esferas
superiores, só é compelida ao sono, relativamente profundo, enquanto perdure
a vida fetal. Em ambos os casos, há prostração psíquica nos primeiros sete
anos de tenra instrumentação fisiológica dos encarnados, tempo em que se
lhes reaviva a experiência terrestre.
Temos, assim, mais ou menos três mil dias de sono induzido ou hipnose
terapêutica, a estabelecerem enormes alterações nos veículos de
exteriorização do Espírito, as quais, acrescidas às conseqüências dos
fenômenos naturais de restringimento do corpo espiritual, no refúgio uterino,
motivam o entorpecimento das recordações do passado, para que se alivie a
mente na direção de novas conquistas. E, como todo esse tempo é ocupado
em prover-se a criança de novos conceitos e pensamentos acerca de si
própria, é compreensível que toda criatura sobrenade na adolescência, como
alguém que fosse longamente hipnotizado para fins edificantes, acordando,
gradativamente, na situação transformada em que a vida lhe propõe a
continuidade do serviço devido à regeneração ou à evolução clara e simples.
E isso, na essência, é o que verdadeiramente acontece, porque, pouco a
pouco, o Espírito reencarnado retoma a herança de si mesmo, na estrutura
psicológica do destino, reavendo o patrimônio das realizações e das dívidas
que acumulou, a se lhe regravarem no ser, em forma de tendências inatas, e
reencontrando as pessoas e as circunstâncias, as simpatias e as aversões, as
vantagens e as dificuldades, com as quais se ache afinizado ou comprometido.
Transfigurou-se, então, a ribalta, mas a peça continua.
A moldura social ou doméstica, muitas vezes, é diferente, mas, no quadro
do trabalho e da luta, a consciência é a mesma, com a obrigação de aprimorarse,
ante a bênção de Deus, para a luz da

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