Total de visualizações de página

quinta-feira, 7 de junho de 2012




Faltas


É possível que o constrangimento do companheiro tenha
surgido do gesto impensado de tua parte.
O gracejo impróprio ou o apontamento inoportuno teria tido o
efeito de um golpe.
Decerto, não alimentaste a intenção de ferir, mas a
desarmonia partiu de bagatela, agigantando-se em conflito de
grandes proporções.
*
De outras vezes, a mente adoece, conturbada.
Teremos ofendido, realmente.
A cólera ter-nos-á cegado o discernimento e brandimos o
tacape da injúria.
Pretendemos aconselhar e cortamos o coração de quem ouve.
Alegando franqueza, envenenamos a língua.
No pretexto de consolar, ampliamos chagas abertas.
E começa para logo a distância e a aversão.
*
Se a consciência te acusa, repara a falta enquanto é cedo.
Chispa de fogo gera incêndio.
Leve alfinetada prepara a infecção.
Humildade é caminho.
Entendimento é remédio.
Perdão é profilaxia.
Muitas vezes, loucura e crime, dispersão e calamidade
nascem de pequeninos desajustes acalentados.
Não hesites rogar desculpas, nem vacile apagar-te, a favor da
concórdia, com aparente desvantagem particular, porquanto, na
maioria dos casos de incompreensão, em que nos imaginamos
sofrer dores e ser vítimas, os verdadeiros culpados somos nós
mesmos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário