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quinta-feira, 7 de junho de 2012






Evolução e livre-arbítrio


Porque há dores necessárias no erguimento da vida, há quem
se acolha à faixa da negação.
Ainda agora, muitos cientistas e religiosos, encastelados em
absurdos afirmativos, parecem interessados em se anteporem ao
próprio Deus.
Gigantes do raciocínio constroem máquinas com que
investem o espaço cósmico, em arrojados desafios, para dizerem
que a vida é a matéria suposta onipotente, enquanto que milhares
de pregoeiros da fé levantam cadeias teológicas, tentando apresar
a mente humana ao poste do fanatismo.
Na área de semelhantes conflitos, padece o homem o impacto
de crises morais incessantes.
Não te emaranhes, porém, no labirinto.
O mundo está criado, mas não terminado.
De ponta a ponta da Terra, vibra, candente, a forja da
evolução. Problemas solucionados abrem campo a novos
problemas. Horizontes abertos descerram horizontes mais
amplos. E, na arena da imensa luta, o espírito é a obra-prima do
Universo, em árduo burilamento.
*
O Criador não vive fora da Criação.
A criatura humana, contudo, ainda infinitamente distante da
Luz Total, pode ser comparada ao aprendiz limitado aos
exercícios da escola.
Cada civilização é precioso curso de experiências e cada
individualidade, segundo a justiça, deve estruturar a sua própria
grandeza.
Examinando o livre-arbítrio que a Divina Lei nos faculta,
consideremos que nós mesmos, imperfeitos quais somos, não
furtamos, impunemente, uns dos outros, a liberdade de conhecer
e realizar.
Pais responsáveis, não trancafiamos os filhos em urnas de
afeto exclusivo, com a desculpa de amor.
Professores honestos, não tomamos o lugar do discípulo,
ofertando-lhe privilégios, a título de ternura.
Médicos idôneos, não exoneramos o enfermo dos arriscados
processos da cirurgia, a pretexto de compaixão.
*
Recebe, pois, o quadro das provações aflitivas em que te
encontras, como sendo o maior ensejo de crescimento e de
elevação que a Bondade Infinita, por agora, te pode dar.
Não te importe o materialismo a dementar-se no próprio caos.
Sabes que o homem não é planta sem raiz, nem barco à
matroca.
Os que negam a Causa das Causas, reajustam, para lá do
sepulcro, visão e entendimento, emotividade e conceito.
Enquanto observas no caminho perturbação e sofrimento, à
guisa de poeira e sucata em prodigiosa oficina, tranqüiliza-te e
espera, porquanto, aprendendo e servindo, sentirás em ti mesmo
a presença do Pai.

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